Uma Carta de amor
Luíza e Miguel eram vizinhos, moravam em
uma pequena cidade onde todos se conheciam. Os dois faziam tudo juntos, como
andar de bicicleta, ler e passear. Mas o tempo foi passando, os dois cresceram
e perceberam que se amavam. A cidade inteira se alegrou ao ser assumido o
namoro dos dois, pois eram queridos por todos. O amor deles era lindo de
se ver.
Luíza era uma linda menina, com olhos azuis
e longos cabelos ruivos, e podia ser considerada como uma garota muito feliz.
Já Miguel, de cabelos negros e encaracolados e bochechas rosadas, era um menino
muito gentil e querido. Entretanto, os dois possuíam sonhos diferentes, que
fizeram com que se separassem. Isso ocorreu no dia do aniversário de Miguel,
quando Luíza foi até sua casa lhe dar os parabéns e o encontrou de
malas prontas rumo à Itália, onde viveria com seus avós e estudaria
gastronomia, o que era seu sonho. Então, com muitas lágrimas e um lindo beijo
se despediram.
O tempo passou,
foram anos e anos sem receber nenhuma notícia de Miguel. Já cansada de
esperar por ele, Luíza casou-se com Benjamim, um amigo de infância. Depois de
quarenta anos vivendo com Luíza alguém bate à porta, e ao abrir Benjamim se
depara com um homem de cabelos grisalhos, marcados pela idade.
-Olá, aqui mora Luíza? Pergunta o homem.
-Sim. Benjamim responde.
-E onde ela se encontra?
-Luíza? Creio que em um lugar melhor!
Ao ouvir isso o
homem começa a chorar e a tristeza toma seu semblante.
- Mas quem é você?
- Sou Miguel.
- Não pode ser! Luíza falou muito de você,
ela te amava meu caro, mesmo estando casada comigo.
- Quando ela partiu?
- Há dois anos. Mas antes de partir ela
pediu que lhe entregasse esta carta.
Então Miguel pega
a carta e começa a ler:
“Meu amado Miguel, quando foi embora não pude suportar a dor de nossa
separação, então tive que encontrar um outro alguém, mas não pude amá-lo como
te amei! Me perdoe pelo que fiz. Mas tenho algo a lhe entregar, um quadro
que pintei em homenagem ao nosso amor. Sim, realizei meu sonho de pintar quadros.
Ele está enterrado junto à árvore, onde quando pequenos, escrevemos nossos
nomes. Nunca se esqueça de mim Miguel, pois nunca me esqueci de você. Nunca
deixei de te amar!”
Miguel foi ao
local indicado, encontrou o belíssimo quadro e disse:
- Ah minha
Luíza, nunca, nunca me esqueci de você em todos esses anos e nunca te
esquecerei!
E lá seus olhos
se fecharam e seu coração bateu pela última vez.
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