Virgílio Corrêa Filho nasceu em 1887 em Cuiabá e morreu em 1973 no Rio de Janeiro.
Virgílio Corrêa Filho, homem do século XIX que viveu no século XX, sempre vinculado ao poder constituído, atuou como geopolítico e, ao mesmo tempo, como historiador, trabalhando pelo culto a tradição ou, como ele dizia, "guardião das tradições nacionais". Enquanto intelectual, participou do programa de construção do Estado nacional desenvolvido por Getúlio Vargas no período do Estado Novo, com efetivo envolvimento no meio cultural matogrossense, como sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso em 1919 e da Academia Matogrossense de Letras em 1921.
Publicou temas ligados à cultura e a história do Brasil e sua vivência, principalmente com seu estado natal Mato Grosso. Em 1908 formou-se em Engenharia Civil e participou neste período como delegado no cenário da abertura dos Portos, organizados pelo então Presidente Afonso Pena.
Em 1931 foi secretário e sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, nesta ocasião foi prestigiado com autos dos trabalhos sobre Mato Grosso, Estrada da Chapada, Questões de Terras, Notas à Margem, As Raias de Mato Grosso, Os Tratados com a Bolívia, As Estradas de Mato Grosso, Os Predecessores de Rondon e Monografias Cuiabanas.
Integrou-se ao Programa Marcha para o Oeste. Colaborou constantemente com os interventores de Mato Grosso, participando com isso no Instituto Nacional de Estatística em 1934.
Publicou ainda artigos "Os dois Roosevelts e Roosevelts e o Brasil", narrando a visita do primeiro ao Brasil, descrevendo detalhes da passagem por Mato Grosso. Foi também o maior historiador das coisas ao passado matogrossense, escrevendo mais de 109 títulos acerca de Mato Grosso.
